quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Eficiência Energética em Edifícios


Introdução


É possível distinguir dois sectores de análise na Eficiência Energética nos Edifícios: o sector doméstico e o sector de serviços.

De acordo com dados da início da década de 2000, existiam em Portugal mais de 3,3 milhões de edifícios, que representavam cerca de 22% do consumo em energia final (residencial com 13% e os serviços com 9%).

Sector Doméstico

No sector residencial doméstico, o aumento do conforto e da taxa de posse de equipamentos consumidores de energia, situou o crescimento médio anual dos consumos energéticos em edifícios de habitação em 3,7% (dados do início da década 2000). Os 13% em energia final deste sector, representam no entanto 27% dos consumos de electricidade em Portugal, evidenciando a importância desta fonte de energia no sector doméstico.

A análise global da distribuição dos consumos energéticos do sector doméstico em termos de energia final revela, ainda, o seguinte:

- 50% são consumos na confecção de alimentos e nos aquecimentos das águas sanitárias (AQS).
- 25% em iluminação e electrodomésticos.
- 25% aquecimento e arrefecimento.

Estes números evidenciam o pesso significativo dos consumos no aquecimento das AQS, assim como os consumos com base em energia eléctrica, traduzindo a necessidade de actuar nestas duas vertentes com medidas de URE. O vector da climatização representa apenas 25%, mas com uma taxa de crescimento elevada, devido a maior exigência no conforto térmico. O aquecimento e arrefecimento representam uma terceira vertente de intervenção.

Sector Serviços

Na última década o sector dos edifícios de serviços foi um dos que mais cresceu em consumos energéticos, cerca de 7,1%. Este sector é um dos principais responsáveis pelo acentuado crescimento do consumo em energia eléctrica, que entre os anos 1980 e 1999 aumentou de 19% para 31%.

Existe uma grande heterogeneidade no sector dos serviços, que vai desde pequena loja até um grande hotel ou grande superfície, assim como, dentro da mesma categoria, existem unidades eficientes e outras grandes consumidoras de energia.

Tendo em conta esta diferenciação, é necessário separar o sector em tipos de edifícios, dos quais os mais significativos (em termos de consumes específicos), são os restaurantes, hotéis, hipermercados, supermercados, piscinas, hospitais e escritórios.

Neste sector o tipo de edifício que apresenta um maior consumo especifico em energia é do “restaurante”, com valores perto dos 800 kWh/m2 (fonte DGE 2002). Piscinas e Hipermercados, seguem-se na lista com perto de 460 kWh/m2 e 320 kWh/m2 respectivamente.


Actualidade

No passado dia 04 de Abril foram publicados em Diário da República (DR 67 - Série I - A) três diplomas que transpõem parcialmente para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2002/91/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, relativa ao desempenho energético dos edifícios.

Estes diplomas contemplam importantes alterações legislativas e dos hábitos de projecto no sector dos edifícios, tais como: aprovação da criação do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (D.L. n.º 78/2006), que se responsabiliza pela aplicação dos regulamentos térmicos para edifícios - o Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização dos Edifícios (RSECE) (D.L. n.º 79/2006) e o Regulamento das Características do Comportamento Térmico de Edifícios (RCCTE) (D.L. n.º 80/2006), que sofreram actualizações e uma nova redacção

Retirado do site http://www.eficiencia-energetica.com (adaptado)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Vídeo do grupo para as Olimpíadas das Energias e A.Climáticas

Notícia sobre eficiência energética


Algarve com apenas 4% dos fogos certificados com A+


Através da informação estatística Confidencial Imobiliário/Adene, publicada ontem no Jornal de Negócios, o volume de imóveis de âmbito residencial na região do Algarve, que obtiveram uma declaração provisória de eficiência energética (DCR’s), durante o 2º trimestre de 2009, foi de 786 fogos.

Este volume de fogos caracteriza-se pelo facto de na sua quase totalidade estarem em estado novo (cerca de 99%).

O nível de eficiência energética atingido por este conjunto de imóveis revela que, apenas 4% atingem a classificação máxima de A+, com cerca de 44% a serem classificados com A e os restantes 51% dos fogos a não passarem da classificação de B. A tipologia dominante corresponde aos alojamentos T2 (50% dos DCR’s), cerca de 26% da oferta divide-se de forma idêntica pela tipologia T1 ou inferiores e T4 ou superior, os restantes 24% são fogos da tipologia T3.


Análise Concelhia

A distribuição geográfica do volume de alojamentos submetidos à análise de eficiência energética, evidência um maior nível de concentração em Silves (cerca de 28%), seguido de Loulé com 22%, e com menor expressão encontra-se Lagoa (10%) e Faro (9%).

Em Loulé existe maior dispersão dos fogos certificados, as freguesias da Quarteira e Almancil concentram cerca de 79% dos fogos certificados, mas o nível de eficiência energética alcançado é inferior ao de Silves, com 88% dos DCR’s emitidos a apontarem para níveis energéticos abaixo de B. A predominância de alojamentos de tipologia T2 é também menor, havendo maior número de fogos de tipologias T3 e superiores. Somente 4% dos alojamentos estão inseridos no segmento de usados.

A freguesia do Carvoeiro concentra cerca 59% dos DCR’s do concelho de Lagoa, com um nível de eficiência energética superior a A em 70% dos casos, correspondendo em 40% a alojamentos de tipologia T4 ou superior. Em Faro, as freguesias da Sé, Montenegro e Santa Bárbara de Nexe concentram 86% dos DCR’s, predominando as tipologias intermédias e o nível energético superior a A, na sua totalidade os fogos foram classificados como novos.

in Jornal do Algarve *12-1-2010/4:17